terça-feira, março 25, 2008

Maratona

A grande frustração será mesmo vermos a meta e percebermos que estamos a milhas, não de a atingir, mas a milhas de sermos os primeiros a ultrapassá-la. Enquanto corremos sem o fim no horizonte não percebemos o quanto a nossa corrida é infrutífera, corremos esperançados de um bom lugar no final.
Agora, já na recta da meta, a esperança desvanece ao ver a fita, que tanto aspirámos ser os primeiros a ultrapassar, cortada por alguém que foi mais lesto que nós.
Nesta situação temos duas hipóteses, ou corremos o mais que podemos para não sermos ultrapassados por mais alguém, ou abrandamos, percorremos a passo cabisbaixo, os últimos metros, assumindo a derrota, assumindo que não podemos fazer mais nada a não ser dar os parabéns a quem chegou primeiro.
Eu, pessoalmente, opto pela segunda, restando-me o orgulho de ter corrido com lealdade.

2 comentários:

marta r disse...

Mas um sprint final também não me parece uma má ideia... só para não ficar mesmo no último lugar....

Noz disse...

E se o último lugar já for algo consumado?