sábado, março 31, 2007

No horizonte não se vislumbra o fim.

Vi há tempos, num episódio do Dr. House, que eles utilizaram uma técnica de choques eléctricos no Cérbero de um paciente fazendo com que ele esquecesse partes da sua vida passada. Esta técnica foi utilizada porque o mesmo precisava, para manter a sua saúde, de esquecer um dos seres diabólicos (leia-se sexo feminino) por quem estava apaixonado sem possibilidade de ser correspondido.
Pensei imediatamente! Ena! Onde é que me inscrevo para tal procedimento médicó-mais-ou-menos-comprovado?! Isto dava-me, realmente, muito jeito neste momento!
Lembrei-me disto agora porque, após ávida procura de respostas, de muitas noites aconselhando-me nos confins do meu pequeno Cérbero, cheguei à conclusão que preciso de uma solução rápida e o-mais-eficaz-possível para manter o que resta da minha sanidade mental. Eu sei que é uma ínfima parte… mas bolas… é o que me resta e se a perder corro sérios riscos de internamento!
Como não estou no elenco de um episódio da afamada série, vejo-me obrigado a tomar uma atitude que, sinceramente, era a última coisa que queria fazer. Afastar-me de uma vez! Bem sei que não deve ser a melhor forma de agir mas eu também existo e convém pensar um pouco em mim, para variar! Não consigo aguentar mais tempo este pobre estado de alma, não posso conviver mais tempo com esta réstia de esperança, não posso continuar com este estúpido medo de estar a ser ludibriado e tomado como otário (apesar de ter a perfeita consciência que o sou). A amizade está, fortemente, a ser construída mas o facto de eu pretender algo mais está a deixar-me insano e não me deixa em paz de espírito, o nosso convívio alimenta todos os dias um sentimento que preciso urgentemente de esquecer. É uma atitude egoísta? Certamente! É um facto que vou agir contra minha vontade? Sem dúvida! Mas cheguei ao limite das minhas forças psicológicas e acho que deve ser a atitude correcta. Se não for… olha… é mais uma asneira que cometi nesta saga de conhecimento empírico que é a nossa vida. Consigo, facilmente, tornar-me numa pessoa egoísta e em si mesmo desligando-me de alguém, não quero fazê-lo, mas sou obrigado. É uma cobardia, mas é mais fácil abandonarmos o navio do que ficar impavidamente na ponte à espera que este afunde e nos leve com ele.
Não queria! Tenho medo de errar! Afastar-me significa que te perderei de uma vez, apesar de sentir que gosto de estar contigo. O facto de sentir algo devia fazer-me sentir feliz pelo contacto que temos, apesar de não ser aquele que desejo, mas sou ambicioso e não aguento mais. Sei que vou agir como um menino mimado, “ou tenho tudo ou não quero nada”, mas sinto que não consigo mesmo continuar assim.
Cheguei à conclusão que a melhor forma de nos livrarmos de uma droga é mesmo mantermo-nos afastados desta!
Quero também pedir antecipadamente desculpa a futuras-tentativas-de-relação, mas a frieza da arca de gelo onde vou tentar colocar este órgão vital é um mal necessário no transporte até encontrar uma nova receptora.
Gostei, (apesar de o tempo verbal estar no passado, devia ter utilizado o presente) tenho é pena que tenha durado pouco. Adeus!

PS.: Peço desculpa, eu sei que disse que isto ia acabar, mas preciso de desabafar, como as pessoas que conhecem o blog e me conhecem pessoalmente são aqueles com quem não teria nenhum problema em falar disto, que se foda!

5 comentários:

Noz disse...

Bolas!
Excedi-me nos caracteres!
Haja paciência para ler esta merda de post!

Avelã disse...

:) gostei muito de ler este pequeno desabafo (pequeno porque estou certa que muito mais poderia ser escrito) e eu não acho que seja covardia, pelo contrário, é um acto de coragem aceitares virar as costas e fugir de quem gostas mas te magoa porque sabes que não te dará mais do que uma amizade. Sei do que falo meu querido, não lutes pelo que sabes que nunca será teu, afasta-te e com o tempo conseguirás voltar a estar ao pé dessa pessoa mas sem o aperto no coração e a sensação de frustração, o tempo é de facto a cura para todos os males, passa, doi muito mas passa. Valoriza-te! Nas questões de coração devemos lutar sim mas com limites, apartir do momento que sabemos que andamos a remar contra a maré, então o melhor é desistir, e desistir é coisa só para corajosos.

não sei se o comentário ficou sobrio mas nestas merdas de coração é sempre complicado opinar. Boa sorte nozinha e um beijo grande na casquinha, eheheh.

Noz disse...

Obrigado!
A casquinha agradece.

Sara disse...

Deixa-me que te diga: é mesmo possível apagar a memória selectivamente. Recentemente, cientistas conseguiram fazer isso no cérebro de um rato. :)

Noz disse...

Obrigado pela comparação!