Tal como um pai que perde um filho sem nunca lhe encontrar o corpo, ele sentia finalmente que era altura de pôr uma pedra sobre o assunto e declarar a certidão de óbito.
Decidiu que já tinha passado tempo suficiente e tinha, contra a sua vontade, de executar um funeral de corpo ausente. Sim... era sinal que a esperança jazia, finalmente, inerte. Olhando, apenas via uma linha recta contínua que pronunciava o fim. Tal como o último dos Moicanos ela tinha-se aguentado firmemente, mas perecia agora.
Talvez fosse um mal necessário, uma forma de reencontrar a paz e mentalizar-se a que a morte traria o tão desejado fim de um ciclo. Sem retorno possível apenas poderia entregar-se à reminiscência e aguardar que a morte lhe trouxesse também o final que o ajudasse na busca da sua própria paz interior.
quinta-feira, fevereiro 01, 2007
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