sábado, junho 09, 2007

Memórias da Guerra Perdida.

Diário de bordo, 9 de Junho de 2007

A evidência de um horizonte sem fim, obrigou-o a desistir de remar. O pequeno bote a que se agarrara passou de tábua de salvação a agente difusor da tortura a que estava sujeito.
Combater contra um horizonte infinito era uma guerra que estava antecipadamente perdida, tentara, estoicamente mas num esforço inglório, ganhar todas as batalhas em que se envolvera mas, o seu esforço apenas prolongaria o fim de uma guerra há muito perdida.
A rendição era agora um mal necessário, claramente lutava contra um inimigo acima das suas capacidades, a loucura inconsciente levara-o a abraçar um desafio impossível de superar, restava-lhe mais uma vez consumir o sabor amargo da derrota!

Sem forças, recolheu os remos e deixou-se à deriva naquela imensidão oceânica, esperando que a acalmia pós-tormenta fosse lesta a chegar!

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