Hoje acordei recordando fases da minha infância (aos feriados temos tempo de acordar calmamente e ficar na cama a recordar coisas que até já esquecêramos). Tirem o cavalinho da chuva aquelas mentes mais novelísticas que já estão a pensar que fui criado na Casa Pia e tenho uma infância obscura na qual fui abusado sexualmente por uma figura publica e agora estou a tentar arranjar forma de vender a história à TVI.
Tive uma infância, que mesmo não sendo muito normal, considero que foi saudável.
Ora pois bem. A páginas tantas na minha mente afigurou-se-me algo que já não pensava à muito tempo. Eu e um primo meu tínhamos a mania de construir barracas, casas nas árvores e afins. Lembrei-me especialmente da parte em que construíamos as tais barracas. Agora com esta idade olho para trás e revejo esta tarefa como sendo uma coisa de homem, se não vejamos, noz os dois éramos como dois pedreiros (profissão extremamente máscula) que estávamos ali em plena construção de um lar (apesar de ser construído de papelão e forrado em plásticos) que seria a nossa protecção e das nossas futuras famílias. Até aqui tudo bem! Tínhamos brincadeiras de macho e sorrio quando me apercebo que até em pequenino já pensava em arranjar gajas lá para casa. Depois começo a lembrar-me da parte pós-construção. É claro que nunca conseguíamos levar nenhuma rapariga para o conforto da nossa nova casa e deixá-la lá a cuidar da mesma enquanto passávamos a tarde no café a beber o belo do Sumol e a devorar amendoins, tal como os adultos, ídolos de todas as crianças. Ora como faltava sempre a parte feminina, assumíamos também essas tarefas. Está-se mesmo a ver no que nos tornávamos, isso mesmo, umas verdadeiras FADAS DO LAR. Cozinhávamos, limpávamos e cuidávamos de toda a casa até virem as primeiras chuvadas e tal qual um verdadeiro Tsunami, furacão ou tempestade tropical ficávamos desalojados.
Ora esta condição de fadas do lar tornava o que já fora uma ocupação máscula de construção em algo extremamente abichanado. Fiquei preocupado!
Não fosse o telefone tocar e esquecer completamente todo este assunto podia ver-me obrigado a recorrer urgentemente aos serviços das profissionais mais antigas do mundo para provar a mim mesmo a minha masculinidade. Agora que penso nisso! Até é feriado e não tenho nada para fazer..... não, não! Vou antes ver boa pornografia!
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2 comentários:
Ai, Noz, que passado escabroso esse. Vai lá ver os filmezitos senão ainda podes ter a tentação de ir limpar a casa...
Eh pá, por momentos até pensei que tavas com um palavreado futebolês, pensei que tinha lido "Estádios de desenvolvimento"...
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