Hoje, pela manhã, ao abrir a porta de casa apercebi-me de uma triste realidade.
Aquela barreira que me protege, na solidão do meu lar, é a mesma que devia dar acesso ao exterior e, por conseguinte, ao mundo, que se queria gratificante, que me espera diariamente. Só por si, a porta, já é um objecto contraditório. O acto de abri-la não passa duma acção desprovida de qualquer significado. A solidão interior mantém-se esteja eu de que lado estiver. O isolamento característico do interior da minha zona de segurança não se altera em nada quando arrisco sair da mesma e aventurar-me por um mundo exterior que cada vez conheço menos, uma realidade com que vou, progressivamente, deixando de manter o diálogo.
Talvez esteja apenas de quarentena.
Aquela barreira que me protege, na solidão do meu lar, é a mesma que devia dar acesso ao exterior e, por conseguinte, ao mundo, que se queria gratificante, que me espera diariamente. Só por si, a porta, já é um objecto contraditório. O acto de abri-la não passa duma acção desprovida de qualquer significado. A solidão interior mantém-se esteja eu de que lado estiver. O isolamento característico do interior da minha zona de segurança não se altera em nada quando arrisco sair da mesma e aventurar-me por um mundo exterior que cada vez conheço menos, uma realidade com que vou, progressivamente, deixando de manter o diálogo.
Talvez esteja apenas de quarentena.
1 comentário:
Pois esta é uma excelente altura para 'abandonar' a quarentena...
(mas percebo-te: a solidão interior não fica à porta de sítio nenhum... acompanha-nos para todo o lado)
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