sexta-feira, novembro 30, 2007

Será a efemeridade uma causadora da enfermidade?

Certamente! Como podemos viver apenas com o efémero?
Se tudo tivesse esta propensão natural, acabaríamos como meros Zombies contemplando o vazio, autistas embebidos numa vertiginosa reminiscência.
Vale-nos a capacidade de conviver com o momento, apreciando-o, na expectativa que o próximo seja merecedor da nossa capacidade de recordar.

Passageiro número 57

Sou um mero passageiro no autocarro da vida.
Da turbulência do banco de trás olho o motorista, seja ele quem for, e pergunto-me se não devia pedir-lhe uma certificação. Encaro o longo corredor entre os bancos carregados de outros passageiros que, como eu, se perguntam sobre a direcção do veículo, e desisto da caminhada. Seria, certamente, uma difícil tarefa, caminhar direito com tanta turbulência, e ver ou não a certificação não iria tornar-me um passageiro mais tranquilo.
Resta-me confiar naquele indivíduo que tem nas suas mãos o enorme volante decisor da direcção a tomar.

terça-feira, novembro 27, 2007

Tempo

Ontem reparei que tinha o relógio atrasado, rapidamente puxei o botão e avancei no tempo, cinco minutos apenas é verdade, mas o suficiente para ficar tudo bem novamente.
Encaminhei-me, calmamente, para a janela para ingerir a última dose de nicotina diária e, enquanto o cigarro ardia fumando-se a si próprio, perdi-me no seguinte pensamento:
Regemos a nossa vida pelo tempo, apressadamente, numa correria incessante, sempre olhando o relógio e vendo que o tempo ora custa a passar, ora passa demasiadamente depressa, deixando-nos para trás, com saudade de daquilo que, num passado mais ou menos longínquo, vivemos. Era tão mais fácil se controlássemos o nosso tempo como controlamos os nossos relógios. A nossa felicidade estaria, assim, à distância de um pequeno botão. Bastaria rodá-lo para que os ponteiros da felicidade se deslocassem para a frente ou para trás, conforme a localização temporal daquele momento ou estado de alma que pretendemos reviver.
Olhei novamente o relógio, reparei que o ponteiro menor indicava as 12 horas nocturnas e que o maior apontava, orgulhosamente, para os 3 minutos, precisamente o espaço em metros que me separava da cama, local onde pretendia alcançar alguma da tal felicidade, mesmo que momentânea, num estado adormecido.
Sorri perante tal ironia, procurei-te, sem sucesso, uma última vez na face brilhante da lua e, já sob o aconchego do leito olhando pela última vez para o relógio da vida, adormeci...

quinta-feira, novembro 22, 2007

Piropo…. mas pouco!

Ele – Eh lá! Grandes artistas esses teus pais! Estão no Panteão Nacional?!

Ela – Não! Ainda estão vivos!

segunda-feira, novembro 19, 2007

Love will tear us apart

When the routine bites hard
And ambitions are low
And the resentment rides high
But emotions wont grow
And were changing our ways,
Taking different roads
Then love, love will tear us apart again

Why is the bedroom so cold
Turned away on your side?
Is my timing that flawed,
Our respect run so dry?
Yet theres still this appeal
That weve kept through our lives
Love, love will tear us apart again

Do you cry out in your sleep
All my failings expose?
Get a taste in my mouth
As desperation takes hold
Is it something so good
Just cant function no more?
When love, love will tear us apart again

Joy Division

sexta-feira, novembro 16, 2007

quinta-feira, novembro 15, 2007

Conversas de escritório

Conversa no escritório entre uma qualquer coisa (vamos chamar-lhe de colega) que é asmática (diz ela) e um colega:

Qualquer coisa (a muito custo colega) – Peço-lhe por favor que não fume aqui!
Colega – Sim senhor, peço desculpa, estava distraído!
Qualquer coisa (a muito custo colega) – É que daqui a pouco estou aqui com a bomba na boca!

Aquilo que pensei: - Se pensas que ta vou meter na boca estás muito enganada!

PS: Felizmente contive-me a tempo!

segunda-feira, novembro 12, 2007

Oração para os novos crentes.

Pai-nosso que estais no banco, não nos deixeis cair na tentação do Demo e dai-nos dinheiro para comprar a versão completa!

sexta-feira, novembro 09, 2007

Auto-avaliação de um mero figurante.

Com o aproximar dos finais de ano, seja lectivo, seja temporada futebolística, seja ano civil, o que quer que seja, temos sempre tendência (no caso do ano lectivo, obrigação) de realizar uma auto-avaliação. Eu, em toda a minha insignificância, não fujo à regra e ultimamente tenho pensado um pouco naquilo que represento.
Cheguei à conclusão que todos os meus receios, desconfianças, dúvidas, incertezas, enfim… medos, nascem de uma grande insegurança pessoal no que toca a um determinado tema.
Sendo eu uma pessoa consciente do meu valor, do meu pouco valor, tenho plena noção daquilo que represento para os outros. Sei que, comparado com a maioria, fico muito aquém das expectativas.
Já experimentei uma forma despreocupada de viver, de não pensar que vou defraudar quem quer que seja sendo eu próprio. Como consegui? Não exigindo absolutamente nada das outras pessoas, não estando preocupado com aquilo que represento para elas, não estando minimamente interessado com aquilo que podiam esperar de mim, não tendo inveja daqueles que, com toda a sua melhor forma de ser, são capazes de criar sentimentos nos outros que eu não consigo.
Infelizmente essa forma leviana não é parte integrante do meu ser e não passou de uma fase que experimentei, como tantas outras. Não estou a dizer que algum dia vou deixar de ser eu para agradar a quem quer que seja, apenas estou a assumir o meu papel secundário.
A verdade é que sei que sou facilmente suplantado e também sei que o segundo plano é o meu lugar.
Não posso querer ser protagonista quando sou um mero figurante deste elenco.

Agora se me dão licença, vou ali sentar-me na minha mesinha, ao fundo do cenário, bebericando a minha cerveja com um ar, aparentemente, descontraído e limitar-me a observar o trabalho dos profissionais, sem qualquer expectativa de que, um dia, vou ter uma fala neste filme de baixo orçamento!

terça-feira, novembro 06, 2007

Estupidez Crónica (é mais do mesmo)

Cenário: - Homem e mulher em pleno acto sexual em que ele está por baixo e ela, logicamente, por cima.

Homus Brutus – Oh simmmmm, ui ui, tããããooooo bom (pelo menos imagino que seja assim)… depressa… sai de cima que estou quase!
Mulheris boazonis – Espera… ai que não consigo… merda… sujaste-me toda!

Moral da história: - Afinal o que vem de baixo sempre atinge!

Feliz dia de Aniversário

Parabéns a você
Nesta data querida
Muitas felicidades
Muitos anos de vida!
Hoje é dia de festa
Cantam as nossas almas
Para a menina Yesalel
Uma salva de palmas!
Tenha tudo de bom
Do que a vida contém
Tenha muita saúde
E amigos também

segunda-feira, novembro 05, 2007

Santo Graal

Encontrar sentido numa vida totalmente desprovida disso mesmo… de sentido!

sexta-feira, novembro 02, 2007

Capacidade de argumentação

Numa conversa com um amigo sobre o Novo Tratado Europeu (mentira… era sobre gajas com mamas grandes, mas achei que dava outro nível ao post e, consecutivamente, à minha pessoa), na altura em que fiquei sem argumentos, fiz o que todos os homens eruditos e esclarecidos fazem… tentam defender-se ofendendo a masculinidade do outro interlocutor. Foi aí que me saiu isto:

- Cala-te! Tu pões a K7 a tocar no lado B!

Sou ou não sou um grande argumentador?! E esta minha capacidade de manter conversas de alto nível?! Hum?!