sexta-feira, julho 13, 2007

“Eremitar-me-ei”…

Dizem que se escreve direito por linhas tortas. Seja quem for o escrivão, sou obrigado a concordar com esta velha máxima. Pago agora pelo mal que provoquei outrora a uma pessoa que muito estimo e que desejo toda a melhor sorte do mundo. Neste tacanho percurso vivido, já tomei uma das maiores e mais difíceis decisões que alguma vez tive ou terei de tomar. Sob pena de magoar essa pessoa, decidi que não podia continuar algo sem futuro… aos meus olhos pelo menos. Sabendo que iria magoar profundamente essa pessoa, tive de tomar a decisão de abandonar-nos, de pôr um ponto final numa frase que já me custava a escrever. Sabia perfeitamente que ela sairia magoada e isso, não só dificultava a minha decisão como me atingia profundamente como um raio de sol que se tenta enfrentar a olho nu. Não queria, era a última coisa que desejava fazer, mas não podia continuar algo que poderia agigantar-se tornando-se muito mais nocivo que a situação actual. Não me arrependo e não acho que tenha sido a decisão errada, foi sim uma decisão muito difícil de tomar e ainda mais difícil de compreender, aceitar e manter, o simples facto de ter consciência que estava a magoar alguém, repugnava a minha própria existência.
Peço desculpa à pessoa que tenho a noção que outrora magoei, e peço-te também desculpa que pois sei que me afasto de uma forte amizade que a ambição do meu Coração não está a conseguir manter... que não está a conseguir separar de um outro sentimento arrebadador.
Egoísmo?! Talvez….
“Eremitar-me-ei”…

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